1) As que se queixam mas que no entanto não abrem mão de passar férias no estrangeiro três vezes por ano, que têm um carro cuja mensalidade lhes leva quase metade do ordenado e que vivem numa casa de cinco assoalhadas quando na verdade só precisavam de três. Pautam-se por ter como objectivo de vida espreitar o que os outros têm para logo a seguir tratarem de adquirir mais e melhor, parece-me que o problema delas é mesmo uma crise de falta de personalidade própria;
2) As que se vitimizam e dizem que não têm dinheiro para nada, mas que passam o dia inteiro numa total inércia sem fazer seja o que for de produtivo e limitam-se a viver dos rendimentos. Têm como ocupação ficar em casa a fazer zapping consecutivo ou sair para a rua e andar a arrastar o rabo pelas paredes sem ter uma única iniciativa que contribua para melhorar a situação. Para essas pessoas a solução que lhes aconselho será mesmo a de saírem da sua crise de pro-actividade.
E tira-me ainda mais do sério quando rematam a conversa a dizer que só falo assim porque "posso fazer isto e comprar aquilo"! Ah pois faço isto e compro aquilo! E sem qualquer tipo de remorsos ou sentimentos de culpa, porque quero, porque sei priorizar as responsabilidades e só depois ceder aos caprichos, e porque acima de tudo tenho o bom senso de gastar dinheiro no que me faz feliz e em alguns pequenos luxos sem que para isso tenha de penalizar o que é necessário e obrigatório. Por isso tratem lá de arranjar outro tema porque esse já está demodé.
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