segunda-feira, 14 de maio de 2012

Alter-ego, ter ou não ter? Eis a questão...




Eu tenho! Há quem diga que é um sinal de esquizofrenia mas no meu caso foi mesmo a solução que encontrei para manter a minha sanidade mental, então vi-me na necessidade de criar uma identidade que me permite imaginar ser e fazer coisas que na minha realidade quotidiana nem sempre se verificam. Apelidei-a de Mia, tem todas as qualidades e características que eu ambiciono ter e nenhum dos defeitos que teimo em fazer desaparecer da minha pessoa, tem uma vida invejável e uma pré-disposição para ser feliz e fazer feliz toda a gente que é tão pura e natural que é impossível de resistir. A Mia é daquelas mulheres que está sempre de bem com tudo e todos, que decerto nunca terá marcas de expressão originadas por sobrolhos carregados e lábios cerrados, tem um sorriso fácil e mais fácil ainda é a forma como consegue fazer os outros sorrirem, dá gargalhadas capazes de iluminar uma sala e com um simples olhar consegue afastar as sombras que atormentem quem a rodeia. E embora seja perita em socializar e conviver, é também uma mulher independente que sabe aceitar muito bem os seus momentos de solidão e que tem a perfeita noção de que vale por si própria, que não precisa de se apoiar em nenhum homem nem em valores materiais para ter o seu lugar reconhecido no Mundo. Vive rodeada de gente culta e inteligente, é interessante mas acima de tudo é interessada em aprender e manter-se informada acerca de tudo. É uma cinéfila e uma melómana, uma apaixonada por arte, mas também sabe na ponta da língua as últimas criações das mais importantes maisons de moda e os sítios mais in para visitar á volta do Mundo. Concluindo, é tudo o que não sou mas que gostava muito de conseguir vir a ser!

2 comentários:

  1. Hum... não tenho, mas talvez consiga ser, na blogosfera, mais sincera do que na vida real - que eu sou aquele género de pessoas que odeia resmungar com os outros. Na blogosfera queixo-me de tudo o que me incomoda.

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  2. Na vida real também nem sempre consigo ser tão positiva quando queria. Por isso mesmo quando sinto que o mau-humor se está quase a apoderar de mim... deixo a Mia fluir e de certa maneira descarto para ela a responsabilidade de fazer o meu dia melhorar.

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